quinta-feira, 16 de outubro de 2008

INSTINTO VERSUS ESPÍRITO

INSTINTO VERSUS ESPÍRITO
Sempre me encontro em estado de guerra.
Meu espírito tentando seguir um caminho sincero,
Sendo traído por meu instinto, que leva minha carne
Para lugares cada vez mais perigosos.

Os soldados do meu espírito nunca encontraram, ao menos,
Um riacho para descansar enquanto aguardam
A próxima batalha.

Já os soldados do meu instinto, encontram seu descanso na batalha,
Nas bacanais, no vinho. Na embriagues.
O instinto nunca se cansa.

Todos os dias eu me encontro em estado de guerra.
E o exército vencedor demonstra que eu sou.
Se hoje o instinto venceu. Eu sou alguém que age instintivamente.
Se o contrário ocorreu, sou criterioso e justo.

O instinto não se preocupa com a justiça.
Ele apenas nos atiça, não precisa haver justiça
Para os desvios instintivos impostos à carne.

Já o espírito busca um caminho limpo. Puro.
Incorruptível. Mas divide o mesmo corpo com o seu rival (instinto)
E isso dificulta sua ascensão.

Cabe exclusivamente a alguém mais poderoso que eu
Pôr fim a essa guerra.
Senhor, por favor, me ajude.