segunda-feira, 29 de junho de 2009

Traumas

Meu pai um dia me falou
Pra que eu nunca mentisse.
Mas ele também se esqueceu
De me dizer a verdade
Da realidade do mundo
Que eu ia saber
Dos traumas que a gente só sente
Depois de crescer.

Falou dos anjos que eu conheci
No delírio da febre que ardia
No meu pequeno corpo que sofria
Sem nada entender.

Esta poesia é de uma música do Roberto Carlos, mas é exatamente tudo o que eu estou sentindo e queria dizer hoje.

Minha mulher em certa noite,
Ao ver meu sono estremecido,
Falou que os pesadelos são
Algum problema adormecido;
Durante o dia a gente tenta
Com sorrisos disfarçar
Alguma coisa que na alma
Conseguimos sufocar.

Meu pai tentou encher de fantasia,
E enfeitar as coisas que eu via.
Mas aqueles anjos agora já se foram,
Depois que eu cresci;
Da minha infância agora tão distante.
Aqueles anjos no tempo eu perdi;
Meu pai sentia o que eu sinto agora
Depois que cresci.

Agora eu sei o que meu pai
Queria me esconder
Às vezes as mentirasTambém ajudam a viver.
Talvez um dia pro meu filho
Eu também tenha que mentir,
Pra enfeitar os caminhos
Que ele um dia vai seguir.

Meu pai tentou encher de fantasia
E enfeitar as coisas que eu via.
Mas aqueles anjos agora já se foram
Depois que eu cresci.
Da minha infância agora tão distante,
Aqueles anjos no tempo eu perdi;
Meu pai sentia, sentia o que eu sinto agora
Depois que cresci.

Meu pai tentou, tentou me encher de fantasia,
E enfeitar, enfeitar as coisas que eu via.

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