sábado, 24 de outubro de 2009

ah se eu tivesse dezoito anos.

Ah se eu tivesse dezoito anos.
Cometeria as mesmas loucuras,
Mas com a responsabilidade dos vinte e oito.
Sem me preocupar com aquilo que morre.

O que morre se move.
Nada desaparece.
Tudo se transforma.
E o “nada” é indefinido.

Na verdade, “nada” é o “não ser”
E por isso ninguém pode dizer
Que nada vida “nada” se fez,
Na esperança de viver “tudo” outra vez.

Existe outro início depois do fim?
Não quero esse início para mim.
Quero viver o agora
Enquanto o agora se apresenta assim

Um caminho aberto sem fim
Disposto a dizer muitas vezes “sim”,
Pensar no talvez
“negando”? depende da minha vez...

Pense no que você fez
E não copie meu jeito de ser.
Escolha seu caminho
E seja responsável por ele.

Com certeza, só se vive uma vez
E o resto é questão de fé
Eu prefiro andar a pé
E não pegar o mesmo trem que você.

Ah se eu enxergasse meus 28
E não interrompesse mais um coito
Convidaria mais uma alma
A conhecer o meu caminho...

Essa alma, em um pequeno corpo
Com mãos e pés pequenos
Me chamando para uma nova amizade
Com um pacto de sangue “eterno”

Eu o chamaria de meu filho...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Let's get it on

Eu realmente tenho tentado, baby
Tryin' to hold back this feelin' for so long
Tentado segurar esses sentimentos por tanto tempo
And if you feel like I feel, baby
E se você se sente como eu me sinto, meu bem
Then come on, oh come on
Vem cá, venha
Let's get it on, oh baby
E vamos deixar fluir, vamos deixar fluir
Let's get it on
O querida, vamos deixar fluir
Let's love, baby
Let's get it on
Sugar, let's get it on
We're all sensitive people
Somos todos pessoas sensíveis
With so much to give
Com tanto amor para dar
Understand me, sugar
entenda-me, meu amor
Since we got to being
Já que estamos aqui
Let's live
Vamos viver
I love you
Eu te amo
There's nothing wrong with me
Não há nada de errado comigo
Lovin' you, baby no no
Em amar você, amor, não, não
And givin' yourself to me could never be wrong
E você se dando a mim nunca poderia ser errado
If the love is true, oh baby
Se o amor for verdadeiro, querida
Don't you know how sweet and wonderful
Você não sabe o quão doce e maravilhosa
Life can be
A vida pode ser
I'm asking you baby
Estou te pedindo, querida,
To get it on with me
Para se soltar comigo
I ain't gonna worry
Não vou me preocupar
I ain't gonna push
nem forçar nada
I won't push you baby
Não vou forçar você, querida
So come on, come on, come on, come on, come on baby
então venha, querida
Stop beatin' 'round the bush
Pare de enrolar
Let's get it on
Vamos deixar fluir
Let's get it on
Você sabe do que estou falando
You know what I'm talkin' about
Vamos, querida,
Come on baby, hey hey
Deixe o seu amor sair
Let your love come out
Se você acredita no amor,
If you believe in love
Vamos deixar fluir

O Amor e a alteridade existem

Estou me sentindo solitário, mas estou me sentindo bem.
Esta frase eu escrevi ontem.

Se você não está bem, eu também não estou.
Se sua alma sofre, eu também sofro. Não esqueça que somos a mesma alma.
Você é o anjo do vídeo “paranoid android” do Radiohead, que me tira da solidão forçada, do abismo do suicídio e me leva para casa em segurança.

Eu não sabia mais se eu sentia. Eu não sabia mais o que era paixão e romance e, por vezes, acabei achando que jamais seria capaz de me apaixonar.

Eu tinha esquecido como era um beijo longo, um abraço quente de saudade; Eu tinha esquecido o que REALMENTE significa desejar alguém.

Eu não sabia o significado de planejar minha vida. De sonhar com alguém. De idealizar e realizar você.

Eu não sabia o que agora eu sei. Todas as pessoas do mundo - tirando você e eu - não sabem o que nós dois estamos sentindo e como sofremos para nos encontrarmos através dos caminhos do divino.

Todos os caminhos são iguais;
O que diferencia um do outro é o subjetivismo. É a maneira como cada um vai trilhar o próprio caminho.
Se o ditado “quem ama cuida” for algo certo, eu vou cuidar de você.
E o meu caminho será o nosso caminho.

Pode até ser que nosso caminho seja um “on the Road”... não tem problema, desde que você seja só minha e continue cuidando de mim da maneira como vem cuidando.

Quantos “amanhãs” faltam para eu te encontrar? Que ansiedade é essa que toma conta de mim? Que esquecimento de mim mesmo é esse?

Como é bom esquecer de mim para lembrar de você!

Lembrar do seu sorriso, dos seus olhos, da sua pele e da sua vontade. Tudo o que me traz e me tira a paz.

Como eu queria que você estivesse aqui agora! Como eu estou contando as horas!
O relógio é ingrato quando se trata de trazer você para mim. Só o tempo nos separa. E quando estamos juntos, esse mesmo tempo não pára.

Como é bom sentir tudo o que eu não sentia e saber tudo o que eu não sabia!
Como é bom pensar em você de noite e de dia!
É ímpar sentir seu sabor.
E sem tamanho o que extrapola os limites do amor.

Amor é uma palavra genérica/universal, usada geralmente para definir o maior dos sentimentos que se possa dedicar ao objeto desejado, mas no meu caso, deixando de lado a lógica e toda a lingüística, essa palavra não é suficiente para expressar o que eu sinto por você e o bem que você me faz.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O Vagabundo

Um giramundo como eu
que vive a vida a procurar
alguém que siga o meu caminho
e veja tudo como eu.

Se caminhando eu encontrar
alguém que pensa como eu
será o fim dessa estrada
e finalmente irei parar

Contando os dias esperarei
e de passo em passo eu procurarei
e acharei, acharei, acharei.


Um vagabundo como eu
também merece ser feliz
pois eu só quero dessa vida
ter um amor somente meu.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

"Minha"

Por que será que eu não consigo parar de pensar? E será que alguém tem o direito de me privar de pensar em você? As coisas só estão acontecendo porque permitimos e, hoje sinto que estou bem próximo do que pode vir a ser a felicidade.

Juro que há algum tempo eu não imaginava que você estivesse tanto tempo presente dentro de mim. Sei que existe outro te chamando de “minha” e não importa qual a idade dele. O que importa é que naturalmente ele tem esse direito e eu não.

Minha vida seria mais viva se eu soubesse que, às vezes, eu posso te chamar de “minha”. Você nem sabe o bem que você me faz e todas as vezes que eu pronuncio seu nome, eu te procuro com os olhos e não te encontro em nenhum outro lugar diferente de “dentro de mim”. Ou seja, você faz com que eu olhe para dentro.

Não seria muito correto condicionar a minha felicidade à existência de outra pessoa. Você surgiu de uma maneira virtual. Depois passou a ser ideal. Agora você é real. E que realidade difícil é saber que eu não tenho você na plenitude do meu dia. Como diria o Cazuza, “que coincidência é o amor...”

Desesperadamente eu digo que você consome de maneira deliciosa e inconsciente todas as frações de segundo do meu dia e eu sempre estou tentando adivinhar no que você está pensando. Será que você pensa em mim? Será que você me deseja como eu te desejo? Será que tudo isso não é um sonho?

Agora eu entendo porque os loucos agem da maneira que agem. Brincadeira. Não entendo não. Mas eu sei que eles projetam um mundo em que só eles enxergam daquela maneira. Criam sua própria realidade porque não conseguem viver a realidade desse mundo comum para os normais.

Mas loucamente, eu quero você de todas as maneiras. Nos dias bons e nos dias ruins. Nos dias bons, teremos a necessidade de fazer o melhor para preservar o que é bom e nos faz bem. Nos dias ruins faremos tudo aquilo que for preciso para sair da tristeza e chegar à alegria.

Melancolia é o que eu sinto por não te chamar de “minha”. Eu tenho muitas coisas pra te falar, mas tenho. Nos meus sonhos eu sou feliz. Agora eu estou feliz e sou assim: alegro – me na minha tristeza e me entristeço na minha felicidade. Sem você é assim.

Com você todos os dias teriam sunshine. Toda forma seria diferente e todo conteúdo seria verdadeiro. Tudo seria valido. Construiríamos nossa própria filosofia e viveríamos felizes até a ultima tragada de ar, sem retorno, que culminaria no fim da nossa jornada neste planeta.

O bem, o bom e o belo devem sempre estar juntos. Vivendo a gente aprende isso. Eu só quero poder te chamar de “minha”.

“Minha, você nem sabe o bem que me faz...”

segunda-feira, 20 de julho de 2009

As vezes quem ganha perde.

É sempre bom descobrir alguma coisa. Cristovão Colombo deve ter ficado muito feliz em descobrir a América, assim como eu fiquei feliz quando descobri você.

Nossas conversas poderiam varar as noites. Nosso sono jamais se recuperaria. Depois de descobrir você eu me perdi em você. Ando tropeçando em meus próprios passos e ao cair me vejo em seus braços.

Não sei qual foi a porta da minha alma que eu deixei aberta para que você entrasse e ali se instalasse, sem que jamais eu pudesse lhe pôr para fora. E o lado de fora??? Agora, com você aqui dentro, qualquer lugar lá fora é mais seguro que meu peito.

"O coração do homem é uma caverna onde se agitam os mais furiosos animais." E como eu tenho andado agitado. Como tenho pensado que sua ausência me deixa vazio de você e sua presença me deixa cheio de vontade de ter ao meu lado!

Não me importo com as lágrimas que derramei. Elas regaram aquilo que eu tenho de melhor: minha esperança. E por que não esperar até a morte? Morrer não significa se apagar. Morrer (em grego, kinesis) é transformar-se. Uma lagarta morre para dar vida à uma bela borboleta. Tenho que morrer para renascer melhor.

Gosto do gosto quando gasto meus lábios nos lábios seus.

Gosto do silêncio que se instalou no mundo quando toquei sua face e nossos lábios se tocaram fazendo nossa alma se fundir em uma só por segundos que pareceram infinitos. Gosto de saber que não sou deus, e que por não viver fadado à eternidade quero fazer o meu melhor. Quero fazer o melhor para a única vida que tenho.

Carpe Diem. Natural é sugar toda a essência da vida para quando minha morte chegar eu NÃO descobrir que não vivi.

Independente do que aconteça, você foi a única pessoa que conseguiu marcar o meu silêncio. Todas as vezes que o silêncio imperar repentina e duradouramente, você automaticamente estará em minha frente.

Eu sei que momento é esse. E sei que palavras cabem. Mas prefiro dizer "até logo".

terça-feira, 30 de junho de 2009

Ideal X Real

Quando você sai à rua para trabalhar, comprar pão ou levar crianças à escola, você está inserido na realidade. Estes são exemplos de atividades que acontecem e que fazem parte do seu mundo real.

A realidade pode ser rotineira. Muitas vezes você pode andar pelas ruas e sentir que existe uma bola de ferro presa em seus pés e que lhe impede de fazer coisas que estão guardadas na sua mente. Suas vontades conscientes reprimidas pelos valores morais e as vontades que já estão depositadas no seu inconsciente.

Aquilo que está em sua mente é uma idéia do que você gostaria de fazer. É uma idéia da vida que você gostaria de viver. Portanto, é o seu mundo ideal.

Você chega à brilhante conclusão de que existem dois mundos para você e que você pode escolher entre um e outro. Mas, qual escolher? Ficar com a rotina e com a segurança (já que toda rotina também nos dá uma pseudo-sensação de segurança) do mundo real, ou se arriscar pelos caminhos aventureiros do mundo ideal?

Eu sempre faço algumas coisas pela força da situação, e acabo improvisando. Quando vou me dar conta do que estou fazendo, vejo que não é algo idealizado por mim, foi tudo o que o mundo deu a mim e não é aquilo que eu pedi ao mundo.

Improvisar é bom, mas sempre improvisar não é bom. As surpresas também podem ser ruins.

Para Platão, o mundo das idéias é o mundo da perfeição. Tudo que existe no nosso mundo sensível é uma cópia imperfeita do perfeito que está no mundo das idéias. Todos e tudo que a aqui existem, voltarão para lá.

Entre idealizar, ter o ideal, e concretizar (tornar real) existe um grande espaço (entre os idealizar e tornar concreto) onde deve ser encaixado um conceito muito forte: A atitude. Se você não agir o ideal nunca vai se realizar.

Mas e depois que o ideal se tornar realidade? Vamos nos acostumar com o ideal que agora é real e vamos viver uma nova rotina. Esta nova rotina vai nos aprisionar também e vai nos fazer pensar em uma outra idéia (oh meu Deus eu gostaria de estar vivendo outra situação que não fosse essa! Que vontade de estar fazendo “tal coisa”.)

Será que real e ideal é um ciclo que nunca acaba? Na minha opinião, acaba sim. Vai acabar, no dia em que todas as pessoas forem autônomas e se responsabilizarem pelas escolhas que fizerem.
Como diria Jean Paul Sartre: “O homem é livre enquanto não faz escolhas. A partir do momento em que escolher um caminho ele está preso a este caminho.”